4PL: Evolução Logística Para Vencer a Complexidade e Ganhar Eficiência
Por IMAM em 28/05/2025
Nos últimos 12 meses, 7 em cada 10 empresas notaram que os riscos relacionados às compras e à continuidade das operações aumentaram consideravelmente. Se identificou? Os dados são de um estudo da Deloitte. Nesse contexto, a busca por soluções mais estratégicas e integradas – como o 4PL – nunca foi tão urgente.
Isso não pode ser surpresa para quem gerencia a cadeia de suprimentos. Afinal, a inflação, atrasos nos fornecedores e tantas outras variáveis dificultam o planejamento e a execução das operações.
Nesse cenário, confiar apenas nos modelos tradicionais de logística costuma ser insuficiente para garantir agilidade, controle e eficiência. É por isso que o 4PL ganha cada vez mais espaço ao integrar toda a cadeia, juntando pessoas, processos, tecnologias e parceiros.
Nos próximos tópicos, vamos explicar de forma clara:
- Da logística tradicional ao 4PL: entenda os modelos logísticos
- O que é 4PL?
- Onde o 4PL faz diferença?
Continue a leitura!
Da logística tradicional ao 4PL: entenda os modelos logísticos
Cada modelo logístico mostra um jeito diferente de organizar e terceirizar a operação, do “faço tudo sozinho” ao “deixo um parceiro gerenciar tudo para mim”. Entenda!
1PL (First-Party Logistics)
Trata-se da logística própria, modelo básico do básico. A empresa cuida de tudo, do começo ao fim, com frota, equipe e estoque próprios. Esse é um modelo mais complexo, normalmente escolhido por pequenos negócios, como produtores rurais que cuidam da colheita, armazenamento e distribuição.
2PL (Second-Party Logistics)
Esse é o transporte terceirizado, em que a empresa ainda gerencia a maior parte, mas passa a responsabilidade do transporte para terceiros. É comum em indústrias que produzem e armazenam, mas contratam transportadoras para fazer as entregas.
Por exemplo, a fabricante de eletrodomésticos Brastemp cuida da produção e mantém seus estoques. Entretanto, a entrega dos produtos para as lojas e consumidores finais é feita por transportadoras terceirizadas.
3PL (Third-Party Logistics)
Na terceirização da operação logística, a empresa entrega para um parceiro toda a operação: armazenamento, transporte, gestão de estoque, embalagem e entrega. Esse método é muito usado especialmente por e-commerces e varejistas que querem foco no core business sem aumentar sua estrutura.
Isso é o que faz empresas como a Magazine Luiza. Ela terceiriza boa parte da sua operação logística para especialistas, o que permite que ela se concentre em inovação, atendimento ao cliente e expansão das venda.
4PL (Fourth-Party Logistics)
Mais do que executar tarefas, o 4PL gerencia toda a cadeia logística, integrando fornecedores, transportadoras e tecnologias para otimizar resultados.
É como se fosse um controlador de tráfego aéreo em um grande aeroporto. Isso porque, ele não pilota os aviões, mas coordena a entrada, saída e movimentação de todas as aeronaves.
5PL (Fifth-Party Logistics)
Esse é um modelo mais avançado, que utiliza tecnologia como inteligência artificial, big data e automação para otimizar toda a cadeia logística. É o que muitas empresas digitais e e-commerces globais já adotam para ganhar vantagem competitiva.
Que tal um exemplo para facilitar o entendimento? A Amazon é referência nesse modelo. Ela usa sistemas de IA para prever a demanda, otimizar rotas de entrega e gerenciar estoques em tempo real.
O que é 4PL?
4PL é uma maneira mais inteligente e estratégico de cuidar da logística da sua empresa. Isso porque, ela assume a gestão completa da cadeia de suprimentos, do planejamento até a otimização das operações
Imagine alguém que não tem armazéns nem caminhões próprios, por exemplo. Ainda assim, a pessoa sabe exatamente quem contratar, quando, e como para garantir que tudo funcione na melhor ordem possível.
Esse “alguém” é o 4PL, que coordena diferentes parceiros e ainda usa tecnologia para deixar tudo mais rápido e barato. Ele atua como um gestor que planeja, monitora e ajusta toda a cadeia de suprimentos, buscando sempre reduzir custos e evitar problemas.
Onde o 4PL faz diferença?
Empresas que têm várias etapas na logística, lidam com diversos fornecedores e precisam de controle e agilidade para se adaptar podem contar com o 4PL. A seguir, entenda como isso acontece!
Ter uma visão completa da operação
Com um 4PL, sua empresa deixa de gerenciar pedaços isolados da logística e passa a ter uma visão integrada de ponta a ponta. Isso permite, por exemplo, saber em tempo real se um pedido está atrasado por falha na produção, no picking ou no frete. Desse modo, é possível agir rapidamente.
Alinhamento real entre todos os parceiros logísticos
Com o 4PL atuando como coordenador, os diversos operadores (3PLs, fornecedores, transportadoras, centros de distribuição) não trabalham mais em silos. Todos seguem o mesmo plano, com KPIs claros e metas integradas.
Resposta rápida a imprevistos
Com dashboards e sistemas de monitoramento logístico em tempo real, o 4PL antecipa gargalos e toma decisões baseadas em dados. Isso vale tanto para uma mudança climática que atrasa entregas quanto para uma oscilação de vendas que exige realocação de estoque.
Por exemplo, um fabricante de eletroeletrônicos consegue, via 4PL, redistribuir produtos entre Centros de Distribuição diferentes regiões antes de uma Black Friday. Desse forma, ela ajusta a operação conforme os picos de procura e evitando ruptura de estoque.
Como visto, 4PL é a evolução estratégica que empresas industriais e de grande porte precisam para ter diferencial competitivo. Com isso, você consegue reduzir desperdícios, tomar decisões ágeis e alinhar a operação logística ao planejamento estratégico.