Automação da Armazenagem
A tecnologia de automação dos processos de armazenagem vem se desenvolvendo intensamente através de sistemas de automação do fluxo de materiais, como veículos e empilhadeiras automaticamente guiados, transportadores contínuos dos mais diversos tipos, sistemas de separação totalmente automatizados, estruturas autoportantes operadas com transelevadores, etc., bem como por meio de sistemas de automação do fluxo de informação, como sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS), coletores de dados, radiofreqüência, sistemas de separação sem papéis, etc.
Este intenso processo de desenvolvimento e implementação destas soluções apresenta para o mercado oportunidades que não estavam sendo exploradas até então.
Porém, pode-se perceber muitos projetos e soluções que devem ser observadas e avaliadas segundo os parâmetros de decisão a que os mesmos foram submetidos. Ou seja, toda decisão de automatizar ou não a armazenagem passa por um processo de análise e tomada de decisão que, muitas vezes, pode não ficar claro para quem observa de fora.
Por exemplo, quais critérios levam uma empresa a investir em um sistema de armazenagem totalmente automatizado, ou a investir nos AGVs – Veículos Automaticamente Guiados, ou inúmeras outras a manterem seus sistemas semi-automáticos ou mesmo totalmente manuais?
Esta é uma questão que cada empresa responde de acordo com os seus critérios de tomada de decisão, que normalmente são definidos pela alta direção da empresa através de seu processo de Administração Estratégica, que também se desdobra nos critérios de decisão.
Ou seja, muitas organizações podem se utilizar da automação da armazenagem como uma estratégia para mudar a sua imagem no mercado, passando a desenvolver uma nova imagem de atendimento e serviço ao cliente. Portanto, se você já participou de um projeto de análise de viabilidade econômica de um determinado sistema de automação, provando economicamente que o mesmo não era viável e viu a seguir que, mesmo assim, a empresa o implementou, não se assuste. Você pode não entender quais são os reais critérios de decisão, bem como qual é a importância relativa de cada um deles para o sucesso de organização.
Como exemplos de critérios qualitativos de decisão que podem ser adotados para análise de viabilidade de um sistema automatizado podem ser citados:
- Imagem da empresa;
- Agilidade no atendimento aos clientes;
- Segurança operacional;
- Qualidade no atendimento aos clientes, com o material certo, no momento certo, na quantidade certa;
- Aumento na capacidade de expedição, entre inúmeros outros que muitas vezes não são considerados na análise de uma solução deste tipo.
Portanto, se você entendeu esta mensagem, também deve ter concluído que cada uma de nossas empresas deve acreditar que também pode ter um processo de armazenagem de classe mundial se tomarmos a decisão correta. Assim, você pode ser muito melhor que qualquer empresa existente, se sempre tomar as decisões certas, independente destas levarem ou não para o caminho da automação.
Sendo assim, nota-se alguns tipos de empresa:
1. A obcecada – O representante da empresa vê uma solução automatizada em visita a uma empresa considerada de classe mundial e fica totalmente obcecado pelo sistema, sendo que a decisão tomada a partir deste fato é mais emocional do que racional;
2. A que vive no “Mundo dos Custos” – A partir do momento que a empresa recebe um orçamento e vê que o investimento é elevado, abandona totalmente a idéia, sem querer desenvolver um estudo mais completo de viabilidade;
3. A analítica – Só investe na solução automatizada quando avalia economicamente e individualmente cada projeto de automação, verificando se o mesmo oferece retorno financeiro no prazo desejado (não se preocupa com os retornos intangíveis);
4. A que valoriza somente a produção – Pelo fato de ser um alto investimento em atividade que não agrega valor, a empresa não investe o seu dinheiro na armazenagem (logística) e prefere investir somente na produção;
5. A ponderada – A empresa sabe da importância de uma adequada decisão e pondera todos os critérios necessários e suficientes para se tomar a decisão acertada (critérios qualitativos e quantitativos).
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