Ações Logísticas “Inteligentes”?
Comparando a Logística dos primórdios (sem o uso da TI) até os atuais dias, algo crítico mudou – a inteligência.
Nos bancos escolares aprendemos que o sucesso do fim da 2ª Guerra Mundial foi a operação conjunta dos aliados (várias tropas de diversos países) no famoso Dia D (6/6/1942) na Normandia.
Será que os inimigos sabiam antecipadamente desta data? O fato é que foi utilizada a inteligência no deslocamento das tropas, munições e mantimentos… tudo isso em segredo!
Já no caso das forças armadas e militares invadindo o Estado do Rio de Janeiro numa ação conjunta de intervenção, os inimigos já sabiam de tudo, seja por vazamento de informações (via políticos), entrevistas as diversas mídias por força do assédio etc.
Ou seja, faltou sigilo e tudo que veio acontecer já era do conhecimento de todos.
Como pode vazar estas informações estratégicas e táticas, afugentando o inimigo, se qualquer curso de práticas anti guerrilhas da AMAN – Academia Militar de Agulhas Negras, CPOR’s etc. pede segredo das ações. Neste caso não houve derramamento de sangue mas também não prendeu-se o inimigo e suas armas.
Enquanto as forças se deslocavam para as primeiras “blitz”, os inimigos já tinham passado por ali dias antes (e não horas!) até atingirem estradas vicinais. Cruzaram, com segurança, as fronteiras dos 3 estados e já estavam longe quando se iniciou a intervenção.
Isto por terra, e pelo mar? São quase 2000 km de mar recortado por inúmeras ilhas e baias na Costa Fluminense fiscalizados apenas em alguns pontos próximos aos portos.
Outro item que deveria ser sigiloso, até o último minuto, são os mandados de busca e apreensão individual (já que a constituição não permite o coletivo, mesmo neste casos de exceção), quando sabemos que a forma que foram construídos os barracos naqueles cortiços possuem uma capilaridade inatingível por sistemas de navegação.
Enfim, a Logística que se aplicou (e vem sendo aplicada) deixou muito a desejar.
Onde estão os ex-formados da Escola Superior de Guerra?
Imagine na Logística Empresarial seu concorrente saber antecipadamente do abastecimento de um novo produto com lançamento regional numa rede de supermercados num certo dia e hora?
Como resultado, se não houver espaço nas gôndolas, numa ação surpresa, seria uma estratégia para sua empresa, mas um desastre para os concorrentes.
Se uma ação sigilosa, que necessite de códigos e senhas, já é difícil entre 2 pessoas, imagine quando envolve coligadas.
Resumindo: Logística não é tudo, mas tudo depende de uma boa Logística e com inteligência!
* Reinaldo Moura: Criador e Fundador do Grupo IMAM em 1979 (Instituto IMAM, IMAM Editora e IMAM Consultoria) e Diretor Técnico das Missões de Estudo ao Japão. 50 anos de experiência profissional, em mais de 100 empresas. Pioneiro na introdução conceitos no Brasil, tais como: MAM, Intralogística, Kanban, Housekeeping/5S, TPS/JIT/Lean/Toc – Treinamento e Assessoria. Publisher da Revista LOGÍSTICA desde 1980 (300 edições). Formado em Engenharia Industrial (FEI), em Engenharia de Segurança do Trabalho (FEI) e mestrado em Engenharia de Produção (Poli-USP). Ex-professor universitário: FEI, UMC, Mackenzie, Mauá etc.
Para aplicar uma boa logística, é essencial planejar rotas eficientes, gerenciar estoques de forma otimizada, investir em tecnologia para rastreamento de cargas, manter uma comunicação eficaz com fornecedores e clientes, e monitorar continuamente o desempenho para identificar áreas de melhoria.
Logística inteligente é a aplicação de tecnologias e estratégias avançadas para otimizar o fluxo de produtos, reduzir custos e melhorar a eficiência operacional ao longo da cadeia de suprimentos.
As quatro principais atividades da cadeia logística são: planejamento, transporte, armazenagem e distribuição de produtos.
Os quatro valores da logística são tempo, lugar, quantidade e qualidade.