Consulte o Consultor – Compra de Equipamentos

Muitos operadores de armazéns se sentem frustrados e confusos ao tomar a decisão de adquirir equipamentos. Com uma variedade de opções, uma simples decisão pode se tornar uma tarefa muito difícil.

A decisão de comprar equipamentos pode ser racionalizada listando-se os pontos de decisão e, em seguida, analisando-se as prioridades qualitativas.

Existem quatro pontos que podem orientar as decisões para a aquisição de equipamentos:

• O novo equipamento irá beneficiar a estocagem, a movimentação, ou ambas?
• equipamento poderá ser usado ou deve ser novo?
• Você deve comprar o mais barato ou uma marca de renome?
• Você deve procurar o equipamento simples ou pagar um pouco mais s complexo?

Movimentação e estocagem são os dois principais fatores de custo na armazenagem. Estruturas porta-paletes e estanterias são compradas geralmente para melhoria da produtividade na estocagem. Em contrapartida, uma empilhadeira é comprada para agilizar a movimentação das cargas, e que portanto a motivação está na redução dos custos de movimentação.

A escolha de um equipamento usado ou novo é outra decisão importante. Alguns equipamentos usados são recondicionados a ponto de sua vida útil ser quase igual à dos novos. Outros tipos podem sofrer fadiga nos componentes e se tornarem realmente perigosos. A intensidade de uso irá certamente afetar a decisão por um usado ou por um novo. A compra de equipamentos usados pode ser uma decisão sensata se a empilhadeira for operada apenas ocasionalmente ou se a estrutura porta-paletes for utilizada para cargas mais leves. Os equipamentos utilizados com muita intensidade ou com carga máxima provavelmente devem ser novos em vez de usados.

Talvez a decisão mais embaraçosa seja a escolha entre uma solução com equipamentos simples ou complexos. Especialistas em sistemas de movimentação com alto grau de automatização estão cheios

de descrições mirabolantes. Na maioria das vezes eles não comentam sobre o retorno de investimento, e nem sobre a justificativa de compra.

Os equipamentos mais complexos geralmente são mais caros. Assim normalmente se justificariam pelas drásticas melhorias na produtividade da estocagem, da movimentação, ou das duas. Por outro lado, quanto mais complexo o equipamento, menos flexibilidade ele terá para se adaptar às mudanças de tamanho e peso dos itens armazenados. Portanto, os equipamentos altamente complexos são mais fáceis de justificar em situações onde as dimensões e peso dos produtos estocados não sofram alterações durante muitos anos e que não venham ser alterados no curto prazo.

Após a análise destes quatro pontos, cada um deverá ser avaliado em termos de retorno de investimento, confiabilidade e segurança.

A segurança é um fator de qualificação que não tem preço. Todo empregador quer oferecer as condições de trabalho mais seguras possíveis, e ao custo atual dos seguros de saúde e das indenizações

as operadores, um ambiente de trabalho sem segurança torna rapidamente um armazém antieconômico. A segurança é uma aspecto importante na escolha de seu equipamento e também pode afetar os outros três pontos de decisão mencionados anteriormente. Nenhum fornecedor revela os riscos de segurança de seus equipamentos, e talvez a melhor forma de se informar sobre este aspecto seja conversar com outros usuários.

* Reinaldo Moura: Criador e Fundador do Grupo IMAM em 1979 (Instituto IMAM, IMAM Editora e IMAM Consultoria) e Diretor Técnico das Missões de Estudo ao Japão. 50 anos de experiência profissional, em mais de 100 empresas. Pioneiro na introdução conceitos no Brasil, tais como: MAM, Intralogística, Kanban, Housekeeping/5S, TPS/JIT/Lean/Toc – Treinamento e Assessoria. Publisher da Revista LOGÍSTICA desde 1980 (300 edições). Formado em Engenharia Industrial (FEI), em Engenharia de Segurança do Trabalho (FEI) e mestrado em Engenharia de Produção (Poli-USP). Ex-professor universitário: FEI, UMC, Mackenzie, Mauá etc.