Cuidado com suas palavras!
Saber se comunicar bem é uma arte! Não estou falando somente de eloquência, vocabulário, assertividade, empatia ou linguagem corporal, mas de comunicar o que é proveitoso!
Certa vez, um amigo procurou Sócrates e queria contar algo sobre alguém conhecido do filósofo ateniense, gênio do diálogo e da ironia, que prezava o conhecimento e a ética acima de tudo.
Antes que o tal amigo começasse a falar, Sócrates lhe propôs um desafio: submeter a informação a um filtro triplo ou como ele mesmo dizia, teste das três peneiras!
Três peneiras? Indagou seu amigo!
Sim! O que você vai me contar é um fato verdadeiro ou algo que tenha ouvido alguém falar?
Se for VERDADE (primeira peneira), deve passar então pela segunda peneira!
O que você vai contar é algo de bom, ajuda construir ou traz benefícios ou BONDADE (segunda peneira) para outros?
Se é algo Bom e Verdadeiro, deverá passar pela terceira peneira!
O que você quer contar é algo necessário, útil, convém contar, ajuda a humanidade ou melhora alguma coisa (NECESSIDADE – terceira peneira)?
Se passou pelas três peneiras, conte meu amigo! todos nós iremos nos beneficiar, conclui Sócrates!”
Caso contrário, esqueça! Se não é Certo, não é Bom e nem é Útil, para que contar? Isso só alimentará a revolta, prejudicará o ambiente e fomentará a discórdia!”
Isso vale muito como orientação para todos nós, como seres humanos e como profissionais.
O que falamos traz consequências para nós mesmos, para outras pessoas e para as organizações, sendo assim, é muito importante pensar e refletir antes de falar, principalmente, “aprender a controlar a língua”, a compulsão de falar por impulso, por ansiedade, por diversão ou por maldade.
Exemplo: falando o que não se devia em uma entrevista de emprego, o candidato critica “disfarçadamente” o antigo chefe, insinuando algo sobre sua postura.
A primeira coisa que o recrutador vai pensar é: Será que isso é verdade ou simplesmente uma fofoca?
Fofoca não é algo de gente séria, logo, essa informação não passaria pela primeira peneira!
O candidato se descontrai, fica mais à vontade, se entusiasma e faz um outro comentário sobre a incompetência da diretoria da antiga empresa.
Isso pode ser somente uma opinião e não um fato!
Essa informação é para o bem, é útil?
Acontece que a empresa a qual ele está pleiteando a vaga tem forte relacionamento com a antiga empresa do candidato, portanto, não passaria pela segunda peneira!
O candidato conta algo folclórico sobre a antiga empresa, sem maldade e nem más intenções mas a que vem essa informação?
É algo que ajude o ex-empregador ou trará benefícios para a sociedade?
Não passaria pela terceira peneira!
Na opinião de vocês, qual será a decisão do recrutador sobre o tal candidato??
É importante policiarmos nossa fala!
Diariamente, no ambiente profissional, somos avaliados pelos nossos colegas, pelos subordinados, pelos superiores, pelos clientes e pelos fornecedores e no âmbito pessoal pelos nossos amigos, pelas nossas famílias, por pessoas que convivemos, etc., e tudo aquilo que dizemos pode ter um peso importante no presente ou no futuro e afetar nossa reputação de maneira irrecuperável!