Ergonomia em Postos de Trabalho
Interligar os conhecimentos relacionados ao dimensionamento de postos de trabalho
É muito importante interligar os conhecimentos relacionados ao dimensionamento de postos de trabalho, principalmente no que tange a ergonomia e a engenharia ndustrial, de forma convergente, na robustez da construção de projetos de Lean, por meio de um plano integrado para a redução/eliminação dos riscos ergonômicos no dimensionamento de postos de trabalho de ambientes de manufatura enxuta.
Geralmente quando estamos envolvidos em projetos dessa natureza, nos deparamos uase sempre na busca da aceleração do fluxo de materiais nos processos produtivos, na racionalização dos espaços e movimentos, convergindo pra um ambiente de mínimo desperdício, quase chegando a “zero”, se bem sucedido.
Sem o adequado treinamento e conscientização da área ou do profissional envolvido no processo e concepção desses postos, a organização poderá se enveredar em caminhos divergentes quanto à aplicação da técnica e as normas exigidas, o que prejudica o conceito lógico e racional em relação a filosofia enxuta, fazendo com que o posto de trabalho se encaixe ao colaborador, e não o colaborador ao posto e trabalho.
Essa condição de trabalho, se bem implementada, fará com que o processo se torne mais fluído, rápido e com ciclos repetitivos e uniformes, podendo gerenciar adequadamente o perfil de fadiga e rodízio do trabalho com mínima interferência na variação da produtividade entre os envolvidos na tarefa.
Outro fator importante e que geralmente nos deparamos nesse novo ambiente é o empowerment do colaborador envolvido no processo de otimização de seus espaços, modelando ou remodelando os postos de trabalho e decidindo micro caminhos tanto físicos quanto cognitivos ao longo do processo, que proporcionarão melhor daptação e consequente aumento na produtividade e qualidade do produto ou serviço que se está entregando.
Abordagem multidisciplinar
O aumento do fluxo produtivo ocasionará, entre outros benefícios, o aumento da produtividade real do trabalhador.
Mas essa produtividade precisa ser analisada om cuidado e foco multidisciplinar. Isso porque, junto com a implantação do Lean, podem surgir passivos trabalhistas não esperados caso o processo seja mal conduzido e as questões legais exigidas para o desenho adequado de um posto de trabalho sejam subestimadas, ou ainda se os aspectos fisiológicos e operacionais do micro ambiente do trabalho sejam analisados superficialmente.É importante para a equipe envolvida num processo de transformação do seu mbiente num contexto Lean, a adoção de ferramentas que caracterizem com clareza e precisão os movimentos executados numa tarefa.
A aplicação do sistema redeterminado de tempo do movimento MOST (“Maynard operation sequence technique”, técnica Maynard de sequência de operação) pode ser uma excelente ferramenta para esse tipo de levantamento e análise.
A aplicação dessa técnica de estudo minucioso dos movimentos executados no trabalho pode roporcionar ao analista e projetista uma visão abrangente da execução da tarefa, bem como dar subsídios importantes para a modelagem de processos e postos de trabalho mais seguros e produtivos.
Tendo sucesso, portanto, nesse empreendimento, estaremos provendo ao negócio maior rapidez na transformação dos produtos, melhoria da qualidade do processo, bem-estar e manutenção da saúde do colaborador e aumento de capacidade com mínimos investimentos adicionais em máquinas e equipamentos.
Quando tratamos desse assunto sob a óptica da área industrial, ele torna-se um processo decisório baseado quase sempre em algo tabelado, com uma preocupação às vezes conflituosa sobre a visão da ergonomia, relacionada à fadiga e os impactos de lesões aos colaboradores, entre outras questões iminentemente fisiológicas.
Podemos classificar antecipadamente um conjunto de fatores de risco a serem analisados durante o projeto de um posto trabalho, destacados por: peso e movimento da carga, postura desajeitada, repetitividade da tarefa, longa duração da tarefa.
A ergonomia é uma disciplina que demanda um conjunto de conhecimentos e modelos de condução do tema, constituídos por diversos órgãos nacionais e internacionais.
Devido a popularização dos conceitos de manufatura enxuta, cada vez mais utilizados nos ambientes industriais brasileiros e se estendendo até a logística, a integração de práticas e de conhecimentos aplicados a concepção de postos de trabalho nesses ambientes torna-se cada vez mais proeminente e com necessidades de atuações integradas.
Escrito por Kalid Nafal, Gerente de Projetos do IMAM.
Veja também o curso https://www.imam.com.br/cursos2/abertos/ergonomia-aplicada-as-atividades-industriais/
A ergonomia representa uma vantagem tanto para as empresas quanto para os colaboradores, ao criar um ambiente de trabalho mais saudável e propício ao desenvolvimento das habilidades dos funcionários. Essa abordagem se reflete em um aumento da produtividade e em resultados empresariais mais positivos.
Ergonomia de concepção
Ergonomia física
Ergonomia participativa
Ergonomia de conscientização
Ergonomia de correção
A Norma Regulamentadora 17, que trata de Ergonomia, tem como propósito definir padrões que possibilitem a adequação das condições laborais às características psicofisiológicas dos trabalhadores, visando garantir o máximo de conforto, segurança e eficiência no desempenho das atividades.
Visando evitar acidentes, corrigir falhas e reduzir perigos, seu objetivo primordial é melhorar o conforto, a saúde e a segurança dos trabalhadores.