Entenda a Importância da Tecnologia na Supply Chain
Em um ambiente cada vez mais conectado, a tecnologia aplicada à supply chain (cadeia de suprimentos) exige das empresas uma atenção especial nesse processo de transformação digital. Nos últimos anos, uma grande variedade de soluções surgiu no mercado prometendo realizar e facilitar tarefas diversas em toda a cadeia logística.
Tanto pela quantidade quanto pela velocidade das inovações, o perfil do setor mudou, exigindo cada vez mais a interligação de equipes com conhecimentos distintos. Trabalhar esses grupos multidisciplinares para a boa aplicação das inovações tecnológicas, portanto, transformou-se em um desafio necessário.
Nesse contexto, as empresas precisam avaliar o nível de maturidade tecnológica, encontrar as brechas e, posteriormente, buscar o aprimoramento necessário, em busca de um crescimento exponencial tanto em qualidade quanto em resultados.
Entre os pontos primordiais está a tão comentada ciência de dados (“Data Science”). O termo pode não ser novo, mas ganhou ainda mais status nesse processo de evolução da tecnologia aplicada à Supply Chain. Isso porque a correta coleta e avaliação das diversas informações com qualidade disponíveis aumenta a visibilidade na tomada de decisões.
Além disso, outros pontos fundamentais são relevantes para a correta aplicação da tecnologia à Supply Chain, como a conectividade, por exemplo. Para compreender melhor esse assunto tão dinâmico e em constante evolução, torna-se necessário aprofundar o conhecimento sobre o assunto.
Evolução da tecnologia na supply chain
Apesar da grande relevância conquistada atualmente, o tema surgiu e segue em processo de evolução há anos. “Penso que a evolução da tecnologia aplicada à Supply Chain inicia-se de forma mais contundente nos anos 50, após 2ª Guerra Mundial. Foi quando as empresas que já atuavam nas cadeias de suprimentos, a partir na evolução da logística, partiram para o desenvolvimento de sistemas mais automáticos, por exemplo, sistemas AS/RS (transelevadores), entre outros que viriam na sequência”, destaca Eduardo Banzato, diretor da IMAM.
De lá para cá, a tecnologia foi evoluindo gradativamente, tanto no fluxo de materiais quanto no fluxo de informações. Com isso, formou-se um grupo de especialistas que avançaram principalmente em um nicho de empresas que podiam ter acesso a mesma.
Na medida que avançava e se tornava mais acessível, a tecnologia foi conquistando mais espaço em um número maior de organizações. E, com a democratização do conhecimento, o tema se popularizou nas empresas, conquistando a relevância que possui atualmente. Hoje, uma pequena empresa do interior do Brasil, por exemplo, pode acessar e implementar tecnologia avançada com preços acessíveis.
“Obviamente que, após 2011, a indústria 4.0 – conceito cunhado pelos alemães – contribuiu também para a disseminação da tecnologia em uma escala ainda maior, o que ficou conhecida como a 4ª Revolução Industrial, impactando também nas diferentes cadeias de suprimentos (supply chain)”, fala Banzato.
O que priorizar?
A popularização da tecnologia aplicada ao supply chain foi importante para o crescimento do setor como um todo, garantindo oportunidades para o desenvolvimento de empresas de diferentes portes.
Por outro lado, a evolução chegou acompanhada de um grande pacote de soluções, que cresce a cada dia. Consequentemente, surge a dúvida: o que priorizar? Afinal, um erro aqui significa perder muito tempo e também dinheiro.
Considerando o universo de tecnologias e soluções disponíveis para a supply chain, o diretor da IMAM avalia que a alternativa para muitas empresas é criar um processo interno de gestão de projetos com metodologias estruturadas.
Isso permitirá observar, analisar, planejar, implementar, melhorar/inovar continuamente, método mais conhecido como gestão PDCA para a tecnologia aplicada à supply chain.
“Esta é a única maneira de priorizar. Para isso, as empresas que atuam com projetos da IMAM investem em uma metodologia de priorização de investimentos tecnológicos, baseadas em ganhos rápidos (“quick wins”) de curto prazo e retorno sobre investimentos (ROI) para médio e longo prazo”.
Importância dos dados
Nesse contexto, precisamos destacar a importância que os dados ocupam atualmente nesse processo de evolução tecnológica na cadeia logística. “Assim como nos anos 1980 a embalagem era considerada como a base de toda a cadeia de suprimentos do ponto de vista de fluxo de materiais, os dados são hoje a base da supply chain no que diz respeito ao fluxo de informações”, explica Banzato.
De acordo com o especialista, é possível afirmar atualmente que a qualidade e a velocidade dos dados que circulam ao longo de toda a cadeia de suprimentos determinam o nível de maturidade que cada integrante da supply chain possui.
Além disso, demonstram com eficiência quais são as oportunidades que podemos explorar no curto, médio e longo prazo para que a empresa se torne mais competitiva.
Dessa forma, é fundamental trabalhar corretamente as informações para obter realmente os resultados desejados. Para o diretor da IMAM, o primeiro desafio aqui é identificar o que é e o que não é relevante para se buscar a excelência em determinados processos da supply chain.
“A falta de uma melhor qualificação profissional é um dificultador para vencer este desafio, pois não se consegue separar facilmente os dados que são relevantes dos que não o são”.
Na sequência, o desafio é criar um sistema seguro e automatizado para se ter facilidade no acesso das informações, preferencialmente em tempo real. Um exemplo é o “data lakes” (lago de dados, em tradução literal). É importante também que esse conjunto seja alimentado por diferentes fontes, como Internet das Coisas (IoT), e apoiado pela Inteligência Artificial.
Por fim, torna-se necessário desenvolver cada vez mais algoritmos inteligentes que processam os dados e, consequentemente, apoiem os gestores na tomada de decisão.
“No programa de formação Supply Chain Tech os participantes têm a oportunidade de compreender estes desafios e as soluções que utilizamos para vencê-los”.
Outras tendências para o setor
Banzato destaca que, na medida que atuamos para o domínio dos dados, percebemos que estamos mais próximos da automação dos processos na supply chain.
Seja por meio de robôs colaborativos, sistemas automáticos de movimentação, veículos autônomos, RPAs – Robotic Process Automation, entre outras tecnologias, as oportunidades de melhoria ou de inovação nos diferentes processos na cadeia de suprimentos surgem. Portanto, precisam ser avaliadas tanto pela viabilidade técnica quanto econômica.
“É o que as equipes de projetos da IMAM estão fazendo continuamente, mostrando para as empresas que tipo de tecnologia é viável hoje naquela determinada empresa e/ou aquelas que podem ser viabilizadas no formato híbrido a fim de que as mesmas avancem com melhor retorno sobre os investimentos”.
Contribuição dos especialistas
Vale destacar que dezenas de novas soluções são apresentadas ao mercado e desenvolvidas internamente a cada dia. Este cenário obriga os times de projetos a estarem conectados com as mais avançadas soluções do presente que podem ou não se viabilizar, com as soluções do passado.
Esse processo evolutivo demanda uma visão de longo prazo, onde passado, presente e futuro estão interligados, gerando um corpo de conhecimentos que precisa ser compartilhado para empresas novas ou companhias que ficaram paradas no tempo nos últimos anos.
Por isso, a IMAM busca vencer estes desafios com capacitação profissional, por meio de cursos de curta duração e/ou academias corporativas, projetos de desenvolvimento nas áreas de tecnologia aplicada à supply chain e ou disseminação de conteúdos gratuitos por meio do Instituto IMAM e dos canais de relacionamento (blogs, redes sociais, sites etc.).
Quer saber mais sobre o assunto? Então acesse o site da IMAM .
Realmente, a exponencialização da tecnologia de dados vai dando uma dinâmica diferente de tudo que no passado conhecemos.
No entanto, os gargalos logísticos nos grandes e médios centros urbanos, tendem a levar os investimentos em tecnologia serem relativizados.
Enquanto não resolverem os problemas das artérias ( ruas, avenidas, viadutos, rodovias,…), os investimentos em tecnologia tenderão também a serem relativos