Supply Chain 4.0
“PROFISSIONAIS QUALIFICADOS CONTINUAM SENDO O GRANDE DESAFIO SEGUNDO A PESQUISA.”
A IMAM participou da ProMat 2019, em Chicago, Estados Unidos e apresenta, em primeira mão, o novo relatório da MHI – Material Handling Institute, desenvolvido em colaboração com a Delloite Consulting, onde destaca tecnologias que impulsionam as cadeias de suprimentos digitais e como as empresas podem avaliar seu Índice de Consciência Digital da Cadeia de Suprimentos (DCI Supply Chain).
O Relatório Anual de 2019 da MHI, intitulado “Elevando a Consciência Digital da Cadeia de Suprimentos”, fornece novos insights sobre tendências e tecnologias que estão tendo um impacto comercial dramático nas cadeias de suprimentos e nas profissionais que as gerenciam.
Apesar da pesquisa ser realizada em uma abrangência americana, são muitas multinacionais e podemos, perfeitamente, interpretar e tirar proveito para a realidade brasileira.
Os resultados da pesquisa sugerem que o investimento em inovação da cadeia de suprimentos está em um ponto crítico de inflexão, com uma tendência de queda do investimento de 2015 para 2018 sendo mais do que compensada por um aumento de 95% no investimento projetado para 2019 e os entrevistados também relataram planos crescentes de investimentos.
Os profissionais de Manufatura e Supply Chain estão enfrentando muitos desafios, mas, de acordo com o relatório, o principal deles continua sendo a contratação de trabalhadores qualificados (65%).
O relatório deste ano fornece atualizações sobre as tecnologias inovadoras que a MHI prevê e que terão o maior potencial para transformar as cadeias de suprimentos. O relatório também cobre o potencial dessas tecnologias para impactar o setor, bem como suas taxas de adoção e barreiras mais comuns.
As onze tecnologias abrangidas pelo relatório são:
1. Blockchain
2. Robótica e Automação
3. Análise Preditiva
4. Internet das Coisas
5. Inteligência Artificial
6. Veículos Autônomos e Drones
7. Tecnologia Vestível (Wearables) e Móvel
8. Inventário e Otimização de Malha
9. Sensores e Identificação Automática
10. Cloud Computing e Armazenamento
11. Impressao 3D
Importante destacar que, no Brasil, várias empresas têm trabalhado no desenvolvimento de todas estas tecnologias e que, apesar dos desafios, muitas têm tido sucesso e planejado sua adoção no curto, médio e longo prazo… um dos motivos que justificam a IMAM participar deste e de outros eventos mundiais desde 1980.
“O ritmo da inovação da cadeia de suprimentos ao longo dos seis anos de nossa pesquisa é realmente surpreendente, criando uma vantagem competitiva real e mensurável para os primeiros adotantes”, disse George Prest, CEO da MHI: “Como a complexidade da cadeia de suprimentos não dá sinais de desaceleração, o risco da inação está apenas crescendo. Líderes de manufatura e cadeia de suprimentos concordam que a tecnologia é a chave para o sucesso futuro.”
POTENCIAL PARA DISRUPÇÃO E CRIAÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA
As principais tecnologias que os entrevistados dizem que podem ser uma fonte de disruoção ou vantagem competitiva são:
Robótica e automação (64%)
Análise Preditiva (59%)
Inteligência Artificial (55%)
A Internet das Coisas (IoT) (52%)
Veículos Autônomos e Drones (51%)
TAXAS DE ADOÇÃO
Computação em nuvem (Cloud Computing) e armazenamento tem a maior taxa de adoção atual (56%). Espera-se que a adoção cresça para 79% nos próximos dois anos e para 91% nos próximos cinco anos. No Brasil, a IMAM tem trabalhado em parceria com a Oracle e parceiros no desenvolvimento de soluções em nuvem para a cadeia de suprimentos pois já observávamos a mesma tendência apresentada na pesquisa há alguns anos.
A pesquisa mostra também que, nos próximos cinco anos, espera-se que a análise preditiva alcance uma taxa de adoção de 87%, seguida por IoT em 80%, robótica e automação em 72%, inteligência artificial em 55% e veículos sem motorista e drones em 51%.
PRINCIPAIS BARREIRAS À ADOÇÃO
As três principais barreiras à adoção dessas tecnologias são:
1. Enfrentar o déficit de habilidades da cadeia de suprimentos e a escassez de mão-de-obra qualificada (65%)
2. A demanda dos clientes por preços mais baixos (56%)
3. A demanda do cliente por tempos de resposta mais rápidos (54%)
“GAP” DE TALENTOS NA SUPPLY CHAIN
Uma força de trabalho altamente qualificada e cada vez mais digital da cadeia de suprimentos é necessária para implementar essas tecnologias. Esse tem sido um tema em todos os seis relatórios anuais da MHI e a lacuna de talentos está crescendo à medida que a adoção dessas tecnologias aumenta.
As principais habilidades críticas necessárias para competir na cadeia de suprimentos da próxima geração, de acordo com a pesquisa (e consistente com os anos anteriores):
– análise/ modelagem /visualização (40%)
– resolução estratégica de problemas (37%)
– visão geral de negócios e conhecimento interfuncional (31%)
Aqui também vale um destaque da realidade brasileira. A IMAM tem estruturado Academias de Supply Chain, Logística e Manufatura a partir de um processo de Mapeamento de Competências e a constatação é que as empresas líderes em Supply Chain no Brasil avançam em tecnologia a partir de grupos restritos de profissionais que estão alinhados com as práticas mundiais de excelência, mas que nem sempre permanecem nos seus cargos e/ou empresas para assegurar a continuidade das ações/projetos. Assim, como nos Estados Unidos, necessitamos de mais profissionais qualificados para disseminar e consolidar a cultura da Supply Chain Digital em toda a organização.
QUATRO ESTÁGIOS NA ADOÇÃO DIGITAL E O DCI – ÍNDICE DE CONSCIÊNCIA DIGITAL DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
É claro que dados e tecnologia capacitarão as cadeias de suprimento do futuro, mas não é uma tecnologia única – será uma combinação das 11 destacadas na pesquisa.
O relatório define uma pirâmide de adoção digital que tem quatro estágios de tecnologia, começando com a coleta de dados por conectividade digital e, em seguida, subindo na pirâmide para gerar um aumento no valor da cadeia de fornecimento e insights a partir desses dados básicos por meio de automação, análise avançada e, por fim, inteligência artificial.
Vale destacar que estes estágios estão absolutamente alinhados com a sequência metodológica que a IMAM tem estabelecido em seus clientes no Brasil para estruturar e implementar estes projetos e que passa também por 4 princípios evolutivos:
1- Qualidade da Informação;
2- Conectividade;
3- Sistemas de apoio à decisão;
4- Sistemas autônomos.
O relatório deste ano também inclui uma estrutura de Consciência Digital da Cadeia de Suprimentos, desenvolvida pela MHI e pela Deloitte, para ajudar as organizações a avaliar sua mentalidade digital e avaliar seu progresso na jornada para se tornarem mais conscientes digitalmente.
A estrutura da Consciência Digital da Cadeia de Suprimentos caracteriza uma cadeia de suprimentos em quatro níveis de conscientização – de adormecido a elevado – e em cinco categorias digitais. As cinco categorias digitais abrangem todas as dimensões das cadeias de suprimento, desde a liderança, desenvolvimento de talentos e cultura do local de trabalho, passando pela adoção de tecnologia e inovação, até a experiência do cliente.
Essa estrutura pode ajudar as empresas a entender seu atual nível de adoção digital e, em seguida, identificar as lacunas e os próximos passos para aumentar a consciência digital e o desempenho da cadeia de suprimentos.
Nesse contexto, o relatório inclui uma ferramenta de avaliação que as empresas podem usar para medir onde estão em sua jornada de adoção digital por meio de um Índice de Consciência Digital (DCI) da Cadeia de Suprimentos.
O Supply Chain DCI mede o progresso ao longo das cinco categorias digitais:
1. Liderança
2. Inovação / Tecnologia
3. O envolvimento do cliente
4. Talento
5. Ambiente de trabalho
O DCI da Cadeia de Suprimentos quantifica o nível atual da consciência digital da cadeia de suprimentos, bem como mede o progresso feito em direção ao estado final desejado. Ele ajuda as empresas a determinar o estado atual de sua consciência digital, a determinar e a priorizar as lacunas, a fim de desenvolver uma estratégia abrangente para a consciência digital que atenda aos seus objetivos comerciais exclusivos.
“As empresas líderes estão elevando sua consciência digital da cadeia de suprimentos para impulsionar o tipo de inovação que lhes permite ganhar vantagem competitiva e prosperar na economia sempre ativa de hoje”, disse Prest.
O relatório também fornece estudos de casos reais de tecnologias de cadeia de suprimentos digitais e recomendações para líderes no desenvolvimento de estratégias para implementar essas inovações.
“Como a capacidade digital alimenta as expectativas dos clientes a níveis sem precedentes, as cadeias de suprimentos “NextGen” devem ser pró-ativas, preditivas e prescritivas, com todos os seus links interligados e sincronizados com o mesmo ritmo da demanda do consumidor ”, disse Scott Sopher, diretor e líder da cadeia global de suprimentos da Deloitte Consulting.
“À medida que o ritmo da inovação da cadeia de suprimentos aumenta, também aumenta o preço da inação. Os líderes superarão seus concorrentes mais rápido do que nunca”, acrescentou.
As descobertas neste relatório são baseadas em respostas de pesquisas de mais de 1.000 líderes da indústria de manufatura e cadeia de suprimentos de uma ampla gama de indústrias. Sessenta por cento dos entrevistados ocupam cargos de nível executivo, como CEO, vice-presidente, gerente geral ou chefe de departamento. As empresas participantes variam em tamanho de pequeno a grande porte, com 59% relatando vendas anuais superiores a US$ 100 milhões e 10% relatando vendas anuais de US$ 10 bilhões ou mais.
Acesse o relatório completo em: www.mhi.org/publications/report
Eduardo Banzato
Diretor do Grupo IMAM, com especialidade em Supply Chain, Intralogística, Manufatura e Gestão Organizacional (Inovação Disruptiva).
30 anos de experiência profissional em mais de 300 projetos.
Formado em Engenharia Industrial e pós-graduado em Administração de Empresas, com especialização em TOC, LEAN, 6SIGMA e Desenvolvimento Organizacional.
Presidente do Instituto IMAM (2009-2012);
Mentor de Academias Corporativas (Supply Chain e Manufatura);
Atua como instrutor e “coach” em programas de desenvolvimento profissional e coordena visitas técnicas internacionais (mais de 15 países).E-mail eduardo.banzato@imam.com.br
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