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Estratégias e Performance (Lean, Toc, 6 Sigma)

Tranforme o armazém

Por Reinaldo Moura em 26 de abril de 2024
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7 minutos para ler

Não há dúvidas de que construir edifícios sustentáveis é essencial para o desenvolvimento do País, mas o que fazer com os prédios já prontos? Permitir que continuem impactando negativamente na sociedade e no meio ambiente? Evidente que não. Por esse motivo, é preciso analisar os armazéns ou os centros de distribuição e criar medidas que reduzam os impactos da operação, como campanhas para conscientização da equipe quanto ao consumo eficiente de energia, de coleta seletiva de resíduos sólidos e até instalação de bibliotecas para formação cultural dos colaboradores. Exatamente o que fez a Kimberly Clark em seu centro de distribuição, localizado em Mogi das Cruzes, interior de são Paulo.

Lixo no lugar certo

Fabricante de produtos descartáveis, como papel-toalha, fralda, papel higiênico, entre outros itens, a Kimberly Clark superou a limitação de um edifício que não foi construído para ser sustentável e desenvolveu políticas para torná-lo mais eficiente. Passou a reciclar ou descartar corretamente seus resíduos sólidos, distribuindo pelo CD lixeiras de coleta seletiva. Instruiu os operadores a recolher e destinar corretamente as embalagens utilizadas ou rejeitadas no processo de descarga e acondicionamento de produtos. Esses itens são separados por qualidade: os que ainda conseguem ser reaproveitados são enviados à fábrica, o restante é separado por categoria, prensado e recolhido por uma empresa especializada, que recicla ou faz a destinação correta.

O exemplo é ótimo, mas só vale a pena porque, além de coletar e descartar corretamente o lixo de seu CD, a Kimberly Clark inspeciona as empresas que lidam com esses resíduos. Segundo Daniele Guimarães, gerente de distribuição e responsável pelo CD, o departamento de qualidade da empresa mantém avaliações periódicas dos fornecedores para certificar-se de que os materiais estão recebendo o destino planejado.

O projeto Destruição sustentável, implementado no armazém da Art-services, operador logístico especializado em materiais promocionais, contrata apenas empresas certificadas para a coleta dos resíduos. Fernando Guazzelli, coordenador de marketing da empresa, conta que o projeto elimina dos porta-paletes as embalagens promocionais ociosas, como displays e papéis de forração utilizados no ponto de venda. “O acompanhamento é feito por meio de um sistema on-line que alerta quando o material pode ser descartado”, explica Fernando. “Quando isso ocorre, contatamos a empresa proprietária do material para que autorize o descarte.” Parte é reaproveitado, como lâmpadas, estruturas de ferro, etc. Enquanto o restante (papelão, plástico, alumínio, etc.) é reciclado.

Buscar parcerias com organizações ou empresas especializadas também pode ser uma alternativa para o lixo produzido pelo armazém. Os dois centros de distribuição da varejista Magazine Luiza, no interior de São Paulo, mantêm parceria com o Instituto Plastivida para o descarte correto de EPS (isopor), proveniente de embalagens de eletrodomésticos, eletrônicos, entre outros produtos. O material é separado dentro dos CDs e recolhido pelo instituto.

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Energia, uso eficiente

Quando o assunto é redução de energia, toda empresa parece ter a solução na ponta do lápis. No entanto, implantar medidas sem avaliar os impactos à operação podem causar danos à produtividade. Para não correr esse risco, a Volvo Parts, empresa de peças de reposição do Grupo Volvo, está investindo em planejamento para alcançar seu objetivo de reduzir, nos próximos três anos, 10% do consumo de energia elétrica. Segundo Liane Reifur, da área de sustentabilidade da empresa, há um estudo em andamento que definirá o sistema de iluminação mais econômico para o armazém. O projeto só entrará em prática quando ficar provado que não prejudicará a qualidade do trabalho.

A Kimberly Clark instalou em seu CD um programa de roteirização de empilhadeiras, dividindo os 70 mil m² de área construída em três pequenos armazéns. Com mais de 20 mil m², cada mini armazém possui mix completo dos itens, além de equipe e equipamentos próprios. Por meio de um módulo de WMS (warehouse management system, sistema de gerenciamento de armazéns), desenvolvido exclusivamente para a empresa, são criados roteiros para as empilhadeiras. A solução funciona da seguinte forma: o equipamento recebe a solicitação de pedido, o operador se dirige até o endereço e faz a separação; automaticamente o sistema já calcula onde está a máquina mais próxima e envia o pedido. A medida reduz o consumo de energia com carga de bateria, já que não há gastos desnecessários.

A temperatura dos armazéns é outra vilã do consumo de energia, principalmente entre os prédios que não foram construídos para aproveitar os recursos naturais. A rede Magazine Luiza encontrou uma solução para seu centro de distribuição de Louveira, interior de São Paulo. Revestiu a cobertura do prédio com uma manta interna que equilibra a temperatura em cinco graus. Segundo a rede varejista, essa medida descarta a utilização de aparelhos de refrigeração.

Fique atento

Os colaboradores devem ser corresponsáveis pela redução do consumo de energia. Para isso, deve-se apostar em campanhas, trançar metas por equipe e apresentar os resultados mensalmente, como faz a Honda. Com três centros de distribuição no Brasil, a montadora utiliza os canais de comunicação interna para ensinar a utilizar racionalmente a energia disponível nos prédios.

Cultura no trabalho

A sustentabilidade não se limita apenas à redução de impactos no meio ambiente. Implica se preocupar com a sociedade e com a formação dos indivíduos, propiciando qualidade de vida e melhores condições de trabalho. Para os centros de distribuição, isso significa criar um ambiente em que o colaborador possa se sentir bem e, principalmente, evoluir como cidadão e profissional.

Segundo Paulo Turci, gerente de operações da Volvo Parts, todos os seis centros de distribuição, espalhados pela América do Sul, mantêm áreas destinadas à formação cultural do colaborador. No Brasil, onde está localizado o maior CD, com 15 mil m², há uma biblioteca com cerca de 50 m², área de leitura e serviço de empréstimo de livros. O acervo foi montado por meio de doação. “Eu mesmo sempre procuro doar os livros que já li e estão em casa parados”, conta Paulo.

Já a Kimberly Clark juntou preocupação com o meio ambiente, interação entre equipes e qualidade de vida: desenvolveu em seu CD uma horta de legumes e vegetais orgânicos. O projeto tem participação dos colaboradores e a produção abastece o restaurante da empresa.

Esses exemplos mostram como grandes empresas mudaram a gestão de seus centros de distribuição a favor da sustentabilidade. Faça o mesmo em sua operação, avalie o que pode ser mudado, aplique metas de redução para toda a equipe.

O que vem a ser um armazém?

Um armazém é um espaço físico utilizado para o armazenamento temporário de mercadorias ou materiais antes de serem distribuídos ou utilizados.

O que é qualidade de armazém?

Qualidade de armazém refere-se à eficiência e eficácia das operações de armazenagem, incluindo precisão de inventário, segurança, organização e capacidade de atender às necessidades dos clientes.

Quais são os três tipos de armazenagem?

Os três tipos de armazenagem são: armazenagem estática, dinâmica e automatizada.

Quais são as atividades realizadas em um armazém?

As atividades realizadas em um armazém incluem recebimento de mercadorias, inspeção, armazenamento, picking (seleção de produtos), embalagem, expedição, controle de estoque, manuseio de materiais e manutenção do local.

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