Redução de Custos TRC
O que se percebe como prática corrente no segmento de transporte rodoviário de cargas (com raras e gratas exceções) é que os embarcadores, na busca por tarifas menores, têm erroneamente se concentrado quase que exclusivamente nos valores a serem pagos, praticando verdadeiros leilões no decorrer das “negociações”. Isso resulta em um grave aviltamento dos fretes, porém, sem avaliar cuidadosamente a qualificação das empresas e dos serviços que estão contratando, e sem a devida preocupação com a qualidade e o nível de serviço, decorrentes de diversos aspectos operacionais, como idade e manutenção dos veículos, qualificação de motoristas, seguros, saúde fiscal e financeira da transportadora contratada, etc.
Com essa atitude, os embarcadores acabam por colher maus resultados a médio e longo prazos, com as transportadoras pressionando e pedindo reajustes, reduzindo o nível de serviço, e até abandonando o contrato antes de seu término por falta de condições operacionais e financeiras para a sua conclusão.
Por outro lado, as transportadoras que se submetem a este tipo de “negociação”, principalmente as de médio e pequeno portes, normalmente são aquelas que têm as maiores deficiências no que diz respeito à formação e controle de custos e, consequentemente, aceitam fretes que não cobrem suas despesas. Além disso, não sabem exatamente definir os limites que podem exceder dos custos variáveis e dos fixos. O resultado é que em um primeiro momento deterioram-se a manutenção e capacitação da mão-de-obra, entre outros fatores; em seguida, passam a ter dificuldades em renovar a frota e, finalmente, têm sua saúde financeira e fiscal comprometidas.
No que se refere exclusivamente à redução de custos, existem algumas ações que podem ser adotadas, em conjunto ou individualmente, entre elas podemos citar: conhecer os limites por meio de um modelo para formação de custos; utilizar tecnologia da informação, como forma de racionalização de custos – por exemplo um TMS (“transportation management system”, sistema de gerenciamento de transportes), que dispõe de módulos para otimização de veículos e rotas (roteirizador); utilização do veículo adequado (em função de peso, volume e distância); terceirizar parte da frota (evita a imobilização de capital e transforma custos fixos em variáveis), tomar os devidos cuidados e utilizar frota própria, agregados e até autônomos, em função da exigência do serviço e do cliente; desenvolver metodologias adequadas para gerenciamento de riscos; utilização de créditos de ICMS para aquisição de veículos ou de combustível (apesar das dificuldades é possível); desenvolver clientes que tenham produtos que não “contaminem” os demais e que tenham origens e destinos próximos; viabilizar o aproveitamento do transporte no retorno.
Além das simples ações para redução de custos, outras devem ser avaliadas e implementadas, como por exemplo, fortalecer a imagem da empresa prestando serviços de qualidade. Outras ações são desenvolver projetos que viabilizem a utilização de diversos modais e prestar serviços de logística integrada, não apenas do transporte de forma isolada.
Se alguns embarcadores forçam a redução dos fretes a serem pagos, cabe às transportadoras ter ferramentas de apoio à decisão adequadas (modelos para formação de fretes) que possibilitem optar entre aceitar ou declinar de cada concorrência ou processo de negociação.
Além do que, a solução pode não estar apenas em reduzir os custos de transportes e sim desenvolver soluções logísticas integradas, das quais o transporte rodoviário de cargas seja apenas um dos componentes, entretanto de forma que o custo total seja reduzido.
Neste ponto podemos deixar uma pergunta no ar. Será que as empresas de transportes estão preparadas para conhecer seus limites e apresentar soluções logísticas integradas como forma de redução de custos, em vez de se submeterem a um mercado fortemente aviltado?
Será que é possível? No mínimo devem ser evitadas as negociações predatórias.
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TRC é a sigla para Transporte Rodoviário de Cargas, que representa a atividade de transporte de mercadorias por meio de veículos terrestres, sendo um setor essencial para a economia por ser responsável pela movimentação de grande parte das cargas no país.
Para reduzir os custos de transporte, é possível otimizar rotas, consolidar cargas, investir em veículos mais eficientes em termos de consumo de combustível e negociar tarifas favoráveis com transportadoras.
Sim, terceirizar o transporte pode ajudar a reduzir custos logísticos, pois elimina a necessidade de manter uma frota própria, além de permitir maior flexibilidade e eficiência na gestão dos recursos de transporte.
Para reduzir os custos de transporte na distribuição de produtos, é fundamental otimizar as rotas, consolidar cargas, utilizar tecnologias de gestão de frota e investir em parcerias estratégicas com transportadoras.