Como Implementar Indicadores de Desempenho
É conhecido por todos há muito tempo que: “o que não medimos, não gerenciamos”.
Mas porque é tão difícil implementarmos um Sistema de Indicadores de Desempenho que seja bom para o nosso negócio, ou seja que auxilie todos os níveis hierárquicos da Empresa e todos nos processos a tomarem as ações que o negócio necessita para competir e sobreviver.
A primeira dificuldade é padronizarmos a Gestão na Empresa. Ou seja, quando as Empresas não têm um Modelo de Gestão, cada Gestor acaba adotando os indicadores de desempenho que lhe convém, e se esforçando para melhorá-los do seu jeito.
Não há nenhuma rotina ou ritual de gestão padronizado e as vezes não há o devido envolvimento e integração dos colaboradores com estas metas.
É o chamado “ótimo isolado”.
São indicadores spots (soltos e independentes), sem nenhuma relação com os objetivos do negócio.
O impacto é que algumas vezes vemos os colaboradores “remam para o lado errado”, ou perdem seu tempo com ações ineficazes.
A segunda dificuldade é conseguirmos escolher, ou priorizar os indicadores principais (KPI´s – Key Performance Indicators).
A diferença entre um KPI e um indicador comum é que o KPI está atrelado a uma estratégia do negócio, ou seja, a um grande esforço para atingirmos um objetivo naquele ano em questão.
A ferramenta mais adequada para isso é o Hoshin Kanri, ou Método de Desdobramento de Objetivos ou mesmo o OKR – Objective Key Results. Ambos são muito parecidos e objetivam o alinhamento dos esforços de todos na organização com os objetivos estratégicos.
Por exemplo uma determinada Empresa tem como principal objetivo para aquele ano aumentar as suas vendas. E para isso irá desenvolver um Projeto de revisão do processo de precificação. Então um KPI possível poderia ser o volume de vendas relacionadas aos itens que tiveram seus preços ajustados. Pois se estas vendas específicas aumentarem, a estratégia de revisar os preços foi bem-sucedida.
Então podemos dizer que os KPI´s são indicadores que medem o sucesso das estratégias implementadas.
Se a Empresa não tem objetivos, nem estratégias definidas e formalizadas, não terá KPI´s e continuará medindo aquilo que alguém “acha interessante” e que na maioria das vezes resultará em perda de tempo e dinheiro.
A terceira dificuldade é conseguirmos entender o real significado dos indicadores adotados. É muito comum encontrarmos indicadores que são medidos e gerenciados, porém os colaboradores que deveriam se esforçar para melhorá-los não entendem o seu significado. Por exemplo, como esperar que um supervisor, ou mesmo um operador de máquina ajude a melhorar o OEE – Overall Equipment Effectiveness (*) (Rendimento Global ou Líquido de um Equipamento) se ele não sabe o que isso significa?
(*) OEE – Overall Equipment Effectiveness significa a relação entre o que o equipamento deveria produzir e o que ele realmente produziu, em função das perdas com paradas, perdas de velocidade e qualidade.
Isso se resolve a partir da Ficha Técnica do Indicador. Que é a certidão de nascimento do indicador na Empresa.
Exemplo:
Concluindo, listamos abaixo as características de bom indicador:
- Faz parte de um sistema global da Empresa
- É definido e compreendido
- É quantitativo (objetivo)
- É fácil de entender
- Encoraja comportamento apropriado
- É visível (Para TODOS)!
- Mede apenas o que é importante
- Facilita a confiança e participação
- Acompanha outros indicadores
- Deve ser muito bem comunicado
- Deve ser atualizado de acordo com frequência pré-estabelecida
- Deve ter uma meta associada a ele (desafiadora & factível)
Um Modelo de Gestão Competitiva, necessita de indicadores que façam sentido e ajudem os gestores e times a alcançarem seus objetivos.