A Intralogística do Cross-Docking
O que é cross-docking?
Basicamente, é o fluxo acelerado de itens do recebimento à expedição, das docas de entrada as docas de saídas.
Num centro de distribuição, as cargas que entram, usualmente vão para a área de estocagem, no cross-docking, as cargas que entram são levadas diretamente à expedição numa baldeação.
O cross-docking é um passo a mais na redução de estoque e na compressão do tempo de ciclo.
É uma disposição na qual o produto chega a um armazém e é expedido sem ir para o estoque.
Os Correios já faz isso há muitos anos. Cargas de um veículo em sacolas chegam nos depósitos e são classificadas para rotas de saída. A expressão cross-docking veio da disposição de longas docas delgadas, com portas em ambos os lados, entrada em uma e saída em outra. Os produtos cruzam a doca.
O cross-docking é executado há tempos pelos varejistas de produtos alimentícios e para produtos de vida curta, por exemplo, alimentos frescos, frutas e vegetais. É comumente chamado de separação por linha, para diferenciar de separação por pedido, que ocorre nos armazéns convencionais.
Pré-requisitos para o cross-docking
As necessidades mínimas para uma operação de cross-docking são:
• Local de destino do produto precisa ser conhecido logo que ele é recebido.
• Cliente precisa estar pronto para receber o material expedido imediatamente.
• As cargas precisam ser identificadas, ou seja, o que são ou para onde estão indo. Se paletes ou caixas contêm cargas mistas, os produtos precisam ser claramente separados.
• As necessidades do controle de qualidade precisam ser mínimas. Não é viável ter um sistema de cross-docking quando grande parte do produto está esperando liberação do controle de qualidade.
• Precisa haver espaço suficiente no centro de distribuição. O espaço economizado como resultado de não manter estoque, será necessário para dispor a carga. Num armazém convencional, lotes de pedidos são separados, colocados em ordem e descarregados nos veículos durante o dia de trabalho. Daí, a operação de dispor a carga ser somente uma fração do output diário.
• Geralmente, numa operação de cross-docking, classifica-se todos os locais de destino desde o início da operação e, portanto, precisa haver espaço na área de disposição da carga e classificação para todos os locais de destino. Para reduzir o espaço de disposição de carga, o produto pode ser colocado na zona de estocagem-pulmão e retirado quando necessário, mas este processo acrescenta movimentações. Ao mesmo tempo que uma determinada descarga dos veículos pode concorrer durante a operação, é extremamente limitado e, alguns centros de distribuição esperam até que todo o cross-docking tenha sido concluído antes que a descarga seja iniciada, para permitir a conferência efetiva dos pedidos.
Cross-docking de paletes completos
Numa operação de cross-docking que movimenta somente paletes completos, a economia potencial na movimentação por não ter estoque é enorme e, algumas vezes, é realmente possível transferir paletes dos veículos no recebimento aos veículos de expedição sem que as cargas toquem no piso.
Ao considerar o cross-docking, os seguintes pontos devem ser avaliados:
• Cross-docking pode ser aplicado a qualquer operação de recebimento/expedição em qualquer tipo de ambiente.
• Quando se elimina a operação de estoque, o cross-docking automaticamente se torna uma importante estratégia de distribuição.
• Cross-docking exige parceiros que trabalhem visando o mesmo propósito.
• A mecanização do cross-docking deve estar alinhada com a atividade da doca e o volume de produtos.
• Software são tão importantes ao sucesso do cross-docking quanto o hardware.
O cross-docking não teria a parte “cross” se não existissem as docas. Sem docas bem equipadas não existirá cross-docking eficiente. O início e o fim vital para cargas em cross-docking ocorrem quando os caminhões chegam com produtos que entram e expedições que saem.
Quando considerar o “cross-docking”
Se sua operação satisfizer a dois ou mais destes critérios, o cross-docking, provavelmente, é adequado para sua operação.
O local do destino do item é conhecido no ato do recebimento;
• Seu cliente está pronto para receber o material imediatamente;
• O fluxo diário no centro de distribuição supera 2.000 volumes (caixas, paletes etc.);
• Você recebe grandes quantidades de itens individuais;
• O material em suas docas é pré-etiquetado;
• Seu centro de distribuição já está no limite da capacidade de estocagem.
O giro máximo de inventário é o cross-docking, um sistema de distribuição no qual o material se move para dentro e para fora de um centro de distribuição sem jamais ser ali estocado. O cross-docking envolve o recebimento, a roteirização e a expedição dos produtos num tempo mínimo. Ocasionalmente, alguns serviços que agregam valor podem ser incluídos numa situação de cross-docking. Usualmente, são limitados à reembalagem ou à montagem de kits.
O cross-docking é diferente porque o operador do armazém recebe os produtos e, então, separa os pedidos no piso. Os resultados são excelentes, quando comparados com o custo das operações convencionais de armazenagem que envolvem recebimento, estocagem, separação de pedidos e expedição.
Conheça mais sobre os equipamentos de separação e sistemas de “sorters” na Intra-Log Fórum e Expo de 3 a 5 de setembro no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte em São Paulo.