Modais de Transporte: Como Escolher o Melhor
Conheça os 5 principais modais de transporte no Brasil, seus benefícios e desafios e como escolher o modal ideal para otimizar sua logística.
A sua empresa tem lidado com altos custos logísticos, prazos de entrega comprometidos e dificuldade para escalar as operações? Ao analisar a cadeia logística, a escolha do modal de transporte costuma ser um dos principais pontos críticos.
No Brasil, essa escolha tem um peso ainda maior. Isso porque, o custo logístico representa 12,7% do PIB, 6,8% ligados apenas ao transporte, o que significa bilhões de reais gastos anualmente.
Diante disso, é preciso repensar rotas, integrar modais e otimizar processos de ponta a ponta. Ou seja, a transformação logística exige planejamento estratégico, dados e acompanhamento especializado.
Quer entender melhor? Continue a leitura e descubra:
- O que são modais de transporte?
- Quais são os 5 tipos de modais de transporte?
- Como a escolha do modal de transporte impacta na logística e no Supply Chain?
O que são modais de transporte?
Modais de transporte são basicamente os meios usados para deslocar produtos. Cada um deles tem características muito específicas; por isso, é importante saber qual escolher para o tipo de carga, destino e perfil da operação.
Isto é, o modal certo pode ajudar a:
- reduzir custos com frete e armazenagem;
- cumprir prazos de entrega com mais segurança;
- evitar perdas e problemas no transporte;
- melhorar a experiência do cliente final.
Então, em vez de olhar o transporte apenas como uma etapa, é preciso tratá-lo como um ponto estratégico.
Quais são os 5 tipos de modais de transporte?
A seguir, conheça os 5 principais modais de transporte usados no Brasil:
1. Rodoviário
Esse é o famoso transporte por caminhão. Ele é comum porque temos uma malha rodoviária extensa com mais de 1,7 milhão de km.
Além disso, muitas vezes, o transporte rodoviário é o único possível, especialmente em regiões mais remotas. Mas essa dependência também tem seus riscos, como vimos na greve dos caminhoneiros em 2018, que praticamente paralisou o Brasil por vários dias.
E tem mais: apenas 12% das rodovias brasileiras são pavimentadas, segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Isso impacta no tempo de entrega, no custo do frete e até na integridade da carga.
2. Ferroviário
Agora, se você precisa movimentar muita carga, com peso, por longas distâncias, os trens são uma ótima alternativa. Essa opção funciona bem para grãos, minérios, combustíveis, itens pesados, volumosos e com menos urgência.
O ponto forte deste transporte é que custo por tonelada mais baixo e menor impacto ambiental. Isto é, o custo médio do transporte ferroviário é aproximadamente R$ 0,05/TKU, enquanto o rodoviário fica perto de R$ 0,18/TKU. Os dados são da ANTT (2022).
No entanto, ainda temos poucas ferrovias operacionais no Brasil, então nem sempre é possível contar com essa opção.
3. Aquaviário
Esse é o transporte feito por navios ou embarcações. No Brasil, ele tem potencial gigante, tanto nos portos quanto nos rios navegáveis. O aquaviário é especialmente indicado para grandes volumes, longas distâncias e exportações.
Por exemplo, você pode levar contêineres de um polo industrial até o Porto de Santos ou transportar soja pelos rios do Norte. Ainda assim, o desafio deste transporte é que ele exige estrutura portuária e integração com outros modais para funcionar bem.
4. Aéreo
Esse é o modal mais rápido, mas também o mais caro – o que exige que os custos sejam bem justificáveis. Então, encare-o como um atalho logístico para quando a urgência fala mais alto. Porém, também considere as limitações de peso e volume que este tipo de transporte impõe.
5. Dutoviário
O dutoviário é o modal é menos visível no dia a dia, mas extremamente importante. É o transporte feito por dutos, que carregam petróleo, gás, álcool etc. Ele é indicado
em operações contínuas e de longa duração.
Como a escolha do modal de transporte impacta na logística e no Supply Chain?
Veja por que essa decisão é tão estratégica para empresas que querem reduzir custos, melhorar prazos e ganhar eficiência.
- os custos podem disparar se você estiver usando um modal mais caro do que o necessário para aquele tipo de carga;
- o prazo de entrega muda bastante dependendo do modal. Às vezes, só mudar de rodoviário para ferroviário ou aéreo já reduz dias no processo;
- tudo no Supply Chain sente o impacto. Se o transporte atrasa, o estoque gira mais devagar, o cliente espera mais e a operação como um todo perde eficiência;
- integração de modais (intermodal ou multimodal) pode ser um diferencial, especialmente quando dá para combinar velocidade com economia. Por exemplo, usar ferrovia até certo ponto e depois caminhão até o destino final;
- planejamento é fundamental, com diagnóstico técnico, é possível definir a melhor combinação de modais para cada tipo de carga, trajeto e objetivo de negócio.
Quer um exemplo rápido? Imagine que você precisa levar toneladas de matéria-prima do interior para uma planta industrial no Sudeste. A ferrovia pode sair mais barata do que o caminhão, dependendo da rota. Mas nem sempre ela está disponível ou integrada ao resto da operação. Por isso, você precisa de um planejamento logístico estratégico.
Como a IMAM Consultoria pode apoiar empresas na gestão de modais
Então, tirou as suas principais dúvidas sobre os principais modais de transporte? Como você viu, o modal ideal não é o mais óbvio, é o mais estratégico. Logo, é preciso avaliar cada etapa da cadeia logística, entender os objetivos do negócio e planejar com base em dados e viabilidade técnica.
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