MRO – Manutenção, Reparo e Operações [Guia rápido]

Você já parou para pensar que, muitas vezes, o que mantém uma operação de pé não é o produto final, mas tudo aquilo que está por trás dele? É aí que entra o MRO – Manutenção, Reparo e Operações. Esse conceito não aparece na vitrine, mas garante que a linha de produção não pare por falta de uma peça ou de um simples insumo.

E esse universo de MRO não é nada pequeno. Só para ter ideia, o mercado global de MRO deve bater quase US$ 701 bilhões em 2025 e ultrapassar US$ 842 bilhões até 2033. Os dados dessa pesquisa foram publicados pelo IMARC Group. 

Esse crescimento não vem à toa. Afinal, empresas e gestores estão mais atentos ao ciclo de vida dos ativos, às exigências de sustentabilidade e também à praticidade de terceirizar serviços de manutenção.

Além disso, para quem vive o dia a dia de logística, compras ou supply chain, esses números têm um peso ainda maior. Eles representam a urgência de melhorar processos, reduzir desperdícios e adotar metodologias modernas de gestão. Por esse motivo o MRO é tão importante. Quer entender melhor? Acompanhe:

• O que é MRO – Manutenção, Reparo e Operações?
• Quais são os 4 tipos de manutenção e sua relação com o MRO?
• Quais são os desafios na gestão de itens MRO?

Boa leitura! 

O que é MRO – Manutenção, Reparo e Operações?

MRO vem do inglês Maintenance, Repair and Operations, traduzido como Manutenção, Reparo e Operações. De forma simplificada, esse conceito se refere a tudo aquilo que uma empresa precisa para manter suas atividades em funcionamento, mas que não faz parte do produto final.

Por exemplo, uma indústria de bebidas precisa de esteiras transportadoras para envasar garrafas. Essas esteiras só funcionam bem com rolamentos, óleos lubrificantes, sensores e serviços de manutenção.

Esses itens não estão na garrafa de refrigerante que chega ao supermercado, – o produto final –, mas sem eles a produção para. Ou seja, o MRO é invisível para o cliente, mas decisivo para a produtividade, entende?

O que são serviços de MRO?

Os serviços de MRO garantem que tudo ao redor funcione como deveria. Se pensarmos no dia a dia de uma indústria ou de um centro de distribuição, esses serviços envolvem:

• gestão de estoque – organizar, monitorar e manter disponíveis todos os itens MRO para evitar que faltem peças críticas ou que o estoque fique parado demais;
• planejamento de reposição – definir quando e como reabastecer para máquinas e processos nunca pararem;
• contratos de manutenção – assegurar que reparos e serviços técnicos estejam sempre disponíveis quando forem necessários;
• controle de fornecedores – acompanhar desempenho, qualidade e prazos, o que assegura que tudo chegue na hora certa e funcione como esperado.

Quais são os 4 tipos de manutenção e sua relação com o MRO?

Os 4 tipos de manutenção inclui:

1. Manutenção corretiva;
2. Manutenção preventiva;
3. Manutenção preditiva;
4. Manutenção detectiva (ou prescritiva).

Cada uma dessas estratégias depende diretamente da disponibilidade de itens MRO (peças, ferramentas e insumos) para funcionar de forma eficiente. Sem isso, até o plano mais bem estruturado pode gerar atrasos e custos extras.

Detalhamos a seguir!

Manutenção corretiva

A manutenção corretiva só acontece depois que algo quebra ou para de funcionar. Ou seja, você não percebe o problema até ele aparecer.

Para essa manutenção ser rápida e não gerar prejuízos, você precisa ter os itens MRO certos disponíveis na hora. Esses itens podem ser peças de reposição, ferramentas ou materiais necessários para consertar o equipamento.

Quer entender melhor? Imagine que uma esteira transportadora de uma fábrica para de funcionar de repente. Para consertar, a equipe precisa de rolos, correias e alguns parafusos específicos, todos elementos MRO.

Se esses componentes não estiverem disponíveis no estoque, a manutenção não pode começar imediatamente. Logo, a produção fica parada, pedidos atrasam e a empresa gasta mais com horas extras ou fretes urgentes para trazer as peças.

Manutenção preventiva

Esse tipo de manutenção funciona como uma checagem planejada. Isto é, antes de algum equipamento falhar, você já sabe o que precisa ser feito para evitar problemas. Portanto, para a manutenção preventiva ser eficiente, organize todos os itens necessários com antecedência.

Por exemplo, em uma fábrica, os filtros de ar das máquinas são trocados em intervalos regulares. Se você deixa para fazer só quando o filtro entope, a máquina pode parar, o que prejudica a produção. 

Manutenção preditiva

Baseia-se no monitoramento das condições do equipamento. Para isso, a manutenção preditiva usa sensores, análises e dados para antecipar problemas.

Sendo assim, a gestão MRO deve garantir que os itens previstos para substituição estejam preparados quando o alerta surgir.

Manutenção detectiva (ou prescritiva)

Nesse caso, o foco é identificar falhas ocultas antes que causem danos, o que exige inspeções regulares e testes especializados. Além disso, a coordenação com estoque e fornecedores de MRO é fundamental para agir rápido quando uma anomalia é detectada.

Quais são os desafios na gestão de itens MRO?

Com tantas peças, ferramentas e materiais diferentes, é fácil se perder nos itens MRO. Os principais desafios costumam ser:

• volume de SKUs – quanto mais itens, mais difícil acompanhar estoques e reposições;
• demanda imprevisível – equipamentos podem falhar sem aviso, tornando o planejamento complexo;
• custos ocultos – excesso de estoque imobiliza dinheiro, enquanto a falta de itens críticos gera paradas e gastos extras.

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