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Série Armazenagem

Estocagem

Por IMAM em 16 de agosto de 2024
39
8 minutos para ler

O processo de estocagem é fundamental na manutenção da organização de um armazém, bem como na otimização da produtividade operacional. É por meio de um bom processo de estocagem que podemos contar com uma boa ocupação do espaço, boa utilização dos recursos operacionais, otimização do tempo do pessoal operacional e facilidade no processo de separação de pedidos, entre inúmeros outros benefícios.

Para um melhor entendimento, estamos definindo a estocagem como sendo o processo que considera duas atividades distintas:

– Movimentação dos materiais da área de recebimento até a posição de estocagem no armazém (“put-away”);

– Estocagem propriamente dita, onde o material se encontra depositado em determinada posição dentro do armazém (“storage”).

Portanto, o processo de estocagem faz parte da armazenagem e simplificadamente se encontra entre o processo de recebimento e o processo de separação de pedidos.

Desta forma, um mau projeto do armazém na estocagem significa um impacto negativo em praticamente todas as atividades do mesmo.

Como projetar o sistema de estocagem?

Quando do desenvolvimento do sistema de estocagem, deve-se considerar no projeto diversos fatores que podemos classificar nos principais grupos a seguir:

1. Funcionalidades do sistema de estocagem.
2. Estratégias de estocagem.
3. Ocupação de espaço vs. seletividade.
4. Principais sistemas de estocagem .
5. Controle de materiais.

1. Funcionalidades do sistema de estocagem

Sabe-se que existe uma enorme diversidade de sistemas de estocagem disponíveis no mercado. Além disso, a possibilidade do desenvolvimento e implementação de sistemas combinados de estocagem aumenta ainda mais as opções de escolha da melhor alternativa. Podemos chegar a mais de 1.000 combinações diferentes.

Portanto, o projeto do sistema de estocagem se inicia na adequada análise funcional de cada sistema ou combinação de diferentes sistemas de estocagem e classificá-lo como um possível candidato a participar de uma análise de viabilidade técnica e econômica.

Mas, quais são as características que diferem funcionalmente cada sistema de estocagem? Podemos citar algumas características básicas:

– Tamanho do lote;

– Dimensões do produto;

– Peso do produto;

– Freqüências de movimentações (entradas e saídas);

– Giro do item;

– Prazo de validade do item;

– Índice de fracionamento na separação de pedidos;

– Sazonalidades na demanda
(ex.: picos de fim de mês);

– Capacidade dos equipamentos de movimentação de materiais;

– Características construtivas do armazém;

– Custo do m² e do m³ do armazém;

– Custo do sistema de movimentação necessário;

– Velocidade de separação do estoque;

– Variação dos saldos;

– Sistema de gerenciamento;

– Flexibilidade do sistema;

– Diversidade de itens;

– Seletividade (facilidade de separação vs. utilização cúbica); além de inúmeros outros que são peculiares a cada armazém.

Em um projeto de armazém, centro de distribuição, almoxarifado, depósito, centro logístico ou como se queira denominar, a análise dos sistemas de estocagem ou de suas combinações para com todas estas características é fundamental, pois se deixarmos de considerar algumas características funcionais em detrimento de outras podemos incorrer em erros graves que podem comprometer toda a logística prevista para o mesmo.

Exemplo

Exemplificando, tem-se o caso da empresa que projetou um armazém para 12.500 posições paletes e considerou como equipamento de estocagem estruturas porta-paletes de trânsito interno, pois as mesmas geravam um bom aproveitamento do espaço e, portanto, a área a ser construída seria bem menor (3.000 m²). Porém, uma característica funcional do sistema escolhido que não foi levada em consideração foi o tamanho dos lotes a serem estocados. Ninguém se preocupou com esta característica até perceber, depois de implementado, que não era possível colocar mais do que 8.000 paletes no armazém, o que reduzia sua capacidade em mais de 30%. Foi  deixado de lado o fato que as estruturas porta-paletes de trânsito interno são adequadas para grandes lotes, e que lotes pequenos geravam o bloqueio de alguns corredores de estocagem ou uma grande complexidade operacional para movimentar os produtos, o que a empresa não podia permitir em função de riscos de comprometer o tempo de atendimento de pedidos no fim do mês, que era característica do negócio. Porém, após um projeto adequado, detectou-se que, com algumas melhorias na logística do armazém, pode-se adequar o mesmo através de uma readequação na gestão de estoques, reduzindo-se os níveis de cobertura de 12.500 posições-paletes para 9.000 posições-paletes, além de combinações de equipamentos de estocagem e modificações no sistema de gerenciamento que possibilitaram o incremento de mais 1.500 posições-paletes.

2. Estratégias de estocagem

No projeto do sistema de estocagem, deve-se determinar as estratégias de estocagem, que são aquelas que classificam os diversos itens, fluxos de materiais e áreas de estocagem, além da segmentação das áreas de estocagem em função de giro dos produtos, peso dos mesmos e critérios de separação, entre outros.

De posse destas estratégias, podemos definir quais são os sistemas de estocagem mais adequados às características do fluxo de materiais e critérios definidos. Porém, temos ainda de avaliar outros fatores que exploraremos melhor a seguir.

3.7

3. Ocupação de espaço vs. seletividade

O alto custo por metro cúbico ou a falta de espaço provocam nas empresas uma grande preocupação quanto à utilização cúbica dos diversos sistemas de estocagem, que é importante principalmente porque a maior parte dos materiais exige estocagem em locais fechados ou cobertos, o que caracteriza um maior impacto no custo da área.

A adequada utilização cúbica da área de estocagem não propicia apenas uma economia em relação ao custo do espaço, mas, sim, em relação a todos os custos indiretos gerados pelo mesmo, como:

– Movimentação (maiores espaços significam maiores distâncias);

– Manuseios (menores espaços facilitam o manuseio);

– Facilidade de acesso (tempo de atendimento), entre outros.

Porém, conforme já dissemos, é um dos fatores que deve ser levado em consideração no projeto de um armazém. Junto com a ocupação, devemos estar sempre avaliando qual será o seu impacto na seletividade.

Em vários armazéns, é importante a capacidade de acessar determinados itens de uma área de estocagem sem ter a necessidade de remanejamento de cargas, ou seja, todos os itens estão disponíveis para serem acessados no primeiro movimento. A esta característica dos sistemas de estocagem denominamos de seletividade.

Portanto, quanto maior a ocupação do espaço dos itens no armazém, deve-se avaliar qual está sendo a perda de seletividade.

Importante salientar também que o sistema de estocagem pode propiciar diferentes ocupações do armazém em função do equipamento de movimentação utilizado para estocagem, pois cada equipamento ocupa espaços e corredores de circulação diferentes, o que provoca ocupações diferenciadas em um armazém (vide figura abaixo).

3.8

Em um projeto do sistema de estocagem também devem ser questionados, antes de se definir as estruturas de estocagem ou a combinação das mesmas, vários aspectos que influenciam na necessidade de espaço no armazém, como:

– Minimizar o excesso de estoque;

– Eliminar estoque obsoleto;

– Alterar procedimentos operacionais de estocagem e separação (ex.: cross-docking);

– Rever módulos e áreas de estocagem;

– Rever layout da área de estocagem;

– Rever sistema de gerenciamento de armazém – WMS.

4. Principais sistemas de estocagem

Conforme já comentado, existe uma infinidade de sistemas de estocagem e combinações que podemos classificar nos equipamentos abaixo:

? Itens não-paletizados

– Armários modulares;

– Estanterias dinâmicas;

– Estanterias deslizantes;

– Estanterias metálicas leves.

? Itens paletizados

– Blocagem;

– Estruturas de braços em balanço (cantilever);

– Estruturas porta-paletes convencionais;

– Estruturas porta-paletes convencionais com empilhadeira trilateral;

– Mezaninos;

– Estruturas porta-paletes de trânsito interno;

– Estruturas autoportantes;

– Estruturas porta-paletes deslizantes;

– Estruturas porta-paletes tipo “push back”;

– Estruturas porta-paletes de dupla profundidade.

Obs.: a capacidade de combinação destes sistemas é que determina um adequado projeto de armazém.

Aprenda um modelo de Gestão de Estoques moderno e prático para determinação dos parâmetros de planejamento e controle de materiais com o nosso treinamento.

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