Benefícios do Mapeamento de Processos
Mapear processos é uma atividade importante para a melhoria continua nas empresas.
Em algum momento, certamente você precisou entender sobre como é realizada uma atividade, tarefa ou operação dentro da sua empresa, em fornecedores ou em clientes. E uma das melhores formas de sistematizar e organizar esse entendimento, é elaborando um Mapeamento.
O que é Mapeamento de Processo?
A palavra processo tem origem no latim, procedere, que traduz a ideia de avançar em sequência considerando uma transformação física, de situação ou de estado de um produto, serviço ou a combinação de ambos.
Mapear um Processo consiste em estruturar em forma de diagrama, a sequência de execução das operações, atividades ou tarefas de um processo, com foco em instrução de colaboradores, clientes ou fornecedores, para aprimoramento da qualidade e da produtividade.
Principais Funções e os Três Tipos de Mapeamento
O mapeamento permite facilitar a compreensão e facilitar a execução dos mais diferentes processos organizacionais, como por exemplo:
- venda de produtos;
- logística de recebimento de materiais;
- aprovação de crédito;
- armazenagem de materiais;
- compras;
- planejamento de produção;
- operação de equipamentos;
- integração de colaboradores pela área de recursos humanos;
- etc.
Podemos de forma muito simplificada classificar os mapeamentos em 3 tipos:
- Estratégico – como ferramenta de Planejamento Estratégico das organizações, sendo neste caso, executado em nível macro e com visão de negócio.
- Tático – para apresentação de uma visão de processo em nível de detalhe gerencial, detalhando aspectos que no mapeamento estratégico são agregados em uma única atividade ou operação.
- Operacional – para apresentação e visão detalhada em nível de atividade e tarefa, detalhando aspectos que são apresentados de forma agregada no Mapeamento Tático sendo aplicado para a finalidade de execução.
Como fazer um Mapeamento de Processos?
Estamos em um mundo de constantes mudanças, onde os processos estão sujeitos a constantes alterações devido a evolução tecnológica de produtos e fluxos de informações, aumento das exigências dos clientes e novos modelos de gestão entre outros.
O mapeamento de processos se constitui em uma importante ferramenta de atualização e melhoria contínua, necessitando de revisões periódicas e frequentes, considerando os seguintes passos de execução:
- Entrevistar colaboradores chave e realizar anotações
- Realizar observações dos processos, atividades, tarefas ou operações
- Traduzir as informações em formato de diagrama – mapa de processo
- Apresentar e validar o diagrama junto aos interessados
- Realizar uma análise crítica de cada ponto do mapa de processo
- Encontrar as oportunidades e propor as revisões e melhorias (eliminar, combinar etc.)
- Apresentar o processo redesenhado aos interessados e validar as melhorias
- Implementar as melhorias
Para um novo processo, as etapas 1 e 2 devem ser realizadas com um enfoque de aplicação de conhecimentos e inovações mais aprofundadas, sendo desnecessárias as etapas 5 a 7. A última etapa ao invés de implementar as melhorias passa a ser implementar o novo processo.
Qual a diferença entre Mapeamento e Fluxograma?
As funções e objetivos de um Mapeamento de Processos e de um Fluxograma são basicamente iguais, mudando a forma de apresentação. Embora ambos devam usar a mesma simbologia, que recomendamos ser baseada nos padrões da ASME – American Society of Manufacturing Engineers – Sociedade Americana de Engenheiros de Produção – podemos destacar que:
- Um Fluxograma, que faz parte das 7 ferramentas clássicas da qualidade desenvolvidas por Kaoru Ishikawa, descreve um processo sequencialmente de forma linearizada.
- Um Mapeamento de Processos acrescenta e destaca o detalhamento da responsabilidade de execução e aprovação, melhorando ainda mais a visibilidade e facilitando o entendimento.
Execução, Apresentação e Ferramentas
Em primeiro lugar, a execução deve considerar o nível de detalhe (estratégico, tático ou operacional) que está vinculado ao público-alvo e sua hierarquia organizacional. Este é um ponto importante para se se atinjam os objetivos de forma efetiva, pois um erro no tipo de mapeamento escolhido, pode ao invés de facilitar, dificultar a venda de uma ideia para implementação ou melhoria de processos.
Em relação ao “tamanho” e “dimensão física”, temos que cuidar para que sejam adequados, principalmente para a visualização, de forma que facilite a compreensão. Um mapeamento muito “raso” (menos “caixinhas que o necessário) ou muito “poluído” (mais “caixinhas” que o necessário) também não ajudam a atingir os objetivos. Quando percebermos que o Mapeamento irá ficar muito extenso por exemplo, é conveniente dividir e fatiar para facilitar a análise e compreensão das informações.
A execução pode ser feita desde manuscrita em folhas (A0 de preferência), podendo neste caso ser feita com apoio de “post its” para maior dinamismo na sua construção. Ao final o Mapa pode ser fotografado e digitalizado para apresentação ou arquivamento.
Porém, com a grande disponibilidade de ferramentas de tecnologia de informação que temos atualmente, recomendamos sempre que possível, usar aplicativos especialistas como o MS Visio, Sensus ou mesmo o PowerPoint, que embora não seja uma ferramenta específica para esta finalidade, é fácil de utilizar e gera boa visualização.
O próprio Excel pode ser usado, pois assim como o Visio e o PowerPoint possui uma biblioteca de símbolos adequada, mas é importante saber que esta ferramenta não irá oferecer a mesma qualidade, velocidade e facilidade para a elaboração de um Mapeamento de Processos.
Existem apps na nuvem como Flowdia, Lucidchart, Trello, Pipefy que podem ser utilizados tanto em computadores como em smartphones. Para o uso em smartphones deve-se considerar as limitações visuais, sendo recomendados principalmente para mapeamentos restritos ou resumidos.
Para a apresentação em reuniões, o Mapeamento pode ser projetado em mídia no caso de elaborado em aplicativos ou digitalizado por foto quando elaborado manualmente, bem como pode impresso em folhas A0 para maior interação. A flexibilidade e o formato de apresentação devem considerar muito mais o ambiente e os objetivos do que a tecnóloga aplicada na confecção do Mapeamento.
Conclusão
Recomenda-se a sistematização da aplicação desta ferramenta para por exemplo confeccionar e orientar procedimentos da qualidade, facilitando a transmissão das informações quanto a sequência de execução de atividades e tarefas.
É importante entender a função de revisão periódica e a necessidade de realizar com frequência o redesenho dos processos aplicando uma análise crítica das atividades quanto a sua necessidade e valor agregado. Maiores informações podem ser obtidas nos cursos que abordam Mapeamento e Redesenho de Processos que são ministrados pela IMAM.
O mapeamento do processo é uma técnica que envolve a análise e representação visual de todas as etapas de um processo, identificando fluxos de trabalho, pontos de decisão e possíveis melhorias para aumentar eficiência e qualidade.
Para mapear um processo, é necessário identificar as etapas sequenciais, os responsáveis por cada atividade, os inputs e outputs, além de documentar os fluxos de trabalho em um diagrama de processo, como fluxogramas ou mapas de processo.
O objetivo do mapeamento de processos é entender e visualizar as etapas de um processo, identificando oportunidades de melhoria, reduzindo ineficiências e aumentando a eficácia operacional da organização.
Os tipos mais comuns de mapeamento de processos incluem o fluxograma, que representa visualmente as etapas e sequências de um processo, e o mapa de processo, que fornece uma visão detalhada das interações entre diferentes atividades, recursos e sistemas em um processo.